Quem mora próximo à praia diz ter medo de sair à noite; há quem queira deixar a região
Foto: Edson Chagas
A presença de travestis e de garotos de
programa à beira-mar é motivo de preocupação entre a população de Mata
da Praia, Jardim Camburi e Jardim da Penha
Uma situação já tradicional, mas não tão bem-vinda nos bairros
que cortam a Orla de Camburi, em Vitória. Assim são definidos por
moradores de Jardim Camburi, Mata da Praia e Jardim da Penha os pontos
de prostituição já conhecidos por quem passa pela região à noite.
“Isso
vem de muito tempo. A coisa é muito descarada”, diz o engenheiro
mecânico Luciano Henrique Castro, 35 anos, morador da Mata da Praia.
No
bairro, o policial rodoviário federal João Miguel do Sacramento, 45
anos, foi morto na madrugada do último sábado. O principal suspeito é
travesti que fazia ponto na região.
Outra moradora, que não quis
se identificar, conta que pretende deixar o bairro, depois de seis
meses morando no local. “Não posso sair à noite para passear. É uma
barreira ao direito de ir e vir”, conta ela sobre o medo dos pontos de
prostituição.
Taxistas de Jardim da Penha também relatam
algazarras. “Quando eles param a gente, ou é para pedir carona ou é para
levar para um ponto de droga”, relatou um taxista que atua na orla de
Camburi há 12 anos.
Rastros
A zeladora de um prédio à beira-mar conta que não “esbarra” com
garotos de programa porque ela chega para trabalhar durante o dia. Mas
no caminho até o trabalho ela encontra vestígios da passagem dos
profissionais do sexo. “Venho pela rua lateral (ao prédio onde trabalha)
e vejo roupas de striptease penduradas no arame de um terreno,
calcinhas vermelha no chão, sutiã”, cita a zeladora.
Mas os
relatos não são unânimes. Há também moradores que não veem problemas na
presença de garotos e garotas de programa nos três bairros.
“Estão
no cantinho deles e, enquanto não me perturbam, não me incomodam”,
disse a enfermeira Luciene Efigênio, 41 anos, moradora da Mata da Praia.
Outra
moradora, de Jardim da Penha, que não se identificou, também defendeu.
“Não vejo problemas. Para mim são pessoas como quaisquer outras.”
Relatos de uso de drogas e gritarias na madrugada
Uso
de drogas e gritarias durante a madrugada. Essas são as principais
reclamações de quem vive perto das áreas utilizadas para pontos de
prostituição próximo à Praia de Camburi.
“Em momento algum vamos
criminalizar. O problema é que isso propicia o uso de drogas e álcool no
local. Tem muito barulho à noite, gritaria, confusões, que podem levar a
situações como a do policial rodoviário morto”, afirma Felipe Ribeiro,
coordenador geral da Associação de Moradores de Jardim da Penha.
Em
Jardim Camburi não chegam reclamações mas “relatos” de famílias dizendo
que ao fazer caminhadas se deparam com pessoas “fazendo ponto”, como
diz o vice-presidente da Associação de Moradores, Enock Sampaio Torres.
Na Mata da Praia não há reclamações registradas, segundo a Associação de Moradores.
Vestígios
Em um terreno de Jardim Camburi, quem passa de manhã pelo
local encontra vestígios da noite anterior. Entre os itens, calcinha,
sapatos e até seringa.
Receio
Ex-moradora de Jardim Camburi, a técnica de enfermagem Edna Santos,
34 anos, conta que os moradores têm receio de passar próximo aos pontos
de prostituição.
Tranquilidade
A enfermeira Luciene Efigênio, 41 anos, moradora da Mata da Praia,
nunca teve problemas com a prostituição no local. “Nunca incomodaram,
estão no cantinho deles”, diz.
Foto: Edson Chagas
Uma situação já tradicional, mas não tão bem-vinda nos bairros
que cortam a Orla de Camburi, em Vitória. Assim são definidos por
moradores de Jardim Camburi, Mata da Praia e Jardim da Penha os pontos
de prostituição já conhecidos por quem passa pela região à noite.
A presença de travestis e de garotos de
programa à beira-mar é motivo de preocupação entre a população de Mata
da Praia, Jardim Camburi e Jardim da Penha
“Isso vem de muito tempo. A coisa é muito descarada”, diz o engenheiro mecânico Luciano Henrique Castro, 35 anos, morador da Mata da Praia.
No bairro, o policial rodoviário federal João Miguel do Sacramento, 45 anos, foi morto na madrugada do último sábado. O principal suspeito é travesti que fazia ponto na região.
Outra moradora, que não quis se identificar, conta que pretende deixar o bairro, depois de seis meses morando no local. “Não posso sair à noite para passear. É uma barreira ao direito de ir e vir”, conta ela sobre o medo dos pontos de prostituição.
Taxistas de Jardim da Penha também relatam algazarras. “Quando eles param a gente, ou é para pedir carona ou é para levar para um ponto de droga”, relatou um taxista que atua na orla de Camburi há 12 anos.
Rastros
A zeladora de um prédio à beira-mar conta que não “esbarra” com garotos de programa porque ela chega para trabalhar durante o dia. Mas no caminho até o trabalho ela encontra vestígios da passagem dos profissionais do sexo. “Venho pela rua lateral (ao prédio onde trabalha) e vejo roupas de striptease penduradas no arame de um terreno, calcinhas vermelha no chão, sutiã”, cita a zeladora.
Mas os relatos não são unânimes. Há também moradores que não veem problemas na presença de garotos e garotas de programa nos três bairros.
“Estão no cantinho deles e, enquanto não me perturbam, não me incomodam”, disse a enfermeira Luciene Efigênio, 41 anos, moradora da Mata da Praia.
Outra moradora, de Jardim da Penha, que não se identificou, também defendeu. “Não vejo problemas. Para mim são pessoas como quaisquer outras.”
Relatos de uso de drogas e gritarias na madrugada
Uso de drogas e gritarias durante a madrugada. Essas são as principais reclamações de quem vive perto das áreas utilizadas para pontos de prostituição próximo à Praia de Camburi.
“Em momento algum vamos criminalizar. O problema é que isso propicia o uso de drogas e álcool no local. Tem muito barulho à noite, gritaria, confusões, que podem levar a situações como a do policial rodoviário morto”, afirma Felipe Ribeiro, coordenador geral da Associação de Moradores de Jardim da Penha.
Em Jardim Camburi não chegam reclamações mas “relatos” de famílias dizendo que ao fazer caminhadas se deparam com pessoas “fazendo ponto”, como diz o vice-presidente da Associação de Moradores, Enock Sampaio Torres.
Na Mata da Praia não há reclamações registradas, segundo a Associação de Moradores.
Em um terreno de Jardim Camburi, quem passa de manhã pelo local encontra vestígios da noite anterior. Entre os itens, calcinha, sapatos e até seringa.



Nenhum comentário:
Postar um comentário