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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Mulher retalhada em boate de Vila Velha mostra marcas da agressão e pede justiça


 

 

 

 

 

 

Vendedora de 30 anos foi atendida por dois cirurgiões no Hospital Antônio Bezerra de Faria. Ela passou por mais de três horas de cirurgia e recebeu quase 200 pontos pelo corpo

Após passar por mais de três horas de cirurgia e ter quase 200 pontos espalhados pelo corpo, a vendedora de 30 anos que foi agredida com objetos cortantes dentro da boate Next, em Vila Velha, na madrugada do último domingo (10), busca justiça. A vítima foi ferida no nariz, boca, costas, peito, mãos e perna.
 
A mulher contou que foi agredida por quatro jovens - três delas identificadas como Nathália da Silva Santos, 22 anos, Marcela Marques Moreira, 22, e Cinara Rodrigues Basileu, 24, autuadas por tentativa de homicídio e uma menor, que foi liberada - durante um show de funk na boate.
 

"Já tinha brigado com duas delas. Quando passei por uma, tomei um chute. Então comecei a brigar com ela, mas logo senti outros golpes. Só percebi que estava sendo cortada quando vi esse aqui na perna", contou a vendedora, apontando para a cicatriz de quase 30 centímetros na perna direita.
 
Segundo a vítima, enquanto as mulheres a agrediam, um homem armado, que se identificava como policial, impedia que outras pessoas se aproximassem da confusão ou apartassem a briga.
 
"Depois que consegui sair da boate estava desorientada. Fiquei uns 15 minutos pedindo ajuda. Um amigo meu me viu e chamou um amigo que estava com ele. Me colocaram no carro deles e me levaram para o hospital", explicou a vítima. No entanto, em nota divulgada nesta segunda-feira (11), a direção da boate informou que um gerente da casa teria levado a vendedora para o hospital.
 
Foto: Ricardo Medeiros
Nathalia da Silva Santos, Marcela Marques Moreira e Cinara Rodrigues, presas acusadas de retalhar vendedora na boate
 
Busca por justiça
 
Inconformada, a mãe da vendedora negou a versão descrita na nota enviada pela boate. Segundo ela, nenhum representante da casa de shows entrou em contato para oferecer qualquer ajuda e a família pretende buscar meios legais para resolver a situação.
 
A vítima foi atendida por dois cirurgiões no Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha. Passou por mais de três horas de cirurgia e recebeu quase 200 pontos pelo corpo.
 
Confira nota de esclarecimento da Boate Next
 
"A Next comunica que a vítima agredida no banheiro da boate no último sábado (09/08) já está sendo assistida. A casa informa que a vítima foi agredida por três meninas que usaram uma latinha de bebida como arma, e não uma navalha como foi divulgado por algumas mídias locais. A latinha foi encontrada no local com sangue e já foi entregue à polícia. Os seguranças da casa foram quem detiveram as agressoras e acionaram a polícia, que então as conduziu à delegacia. Já o gerente da casa prestou o devido socorro e conduziu a vítima ao Hospital.

A boate ainda informa que todas as pessoas que entram na casa passam por uma revista minuciosa. Além disso, há seguranças espalhados pelo local de acordo com a exigência do Corpo de Bombeiros para a capacidade da casa. A Next está acompanhando o estado de saúde da vítima e colaborando com a investigação da polícia para a resolução do caso."
 
Entrevista
 
"Hoje minha filha poderia estar debaixo da terra", diz mãe da vítima
 
Como sua filha está passando por isso?
 Nossa família está passando por momentos difíceis. Ela está sentindo muita dor. Ela é vendedora e enquanto não curar todos esses cortes na pele dela não vai poder trabalhar, então ficamos numa posição complicada
 
Alguém da boate procurou a família?
Nem um telefonema. Eu que sou mãe que estou arcando com tudo. Minha filha está sentindo dor e nem um comprimido ofereceram. Isso que estão dizendo (nota da boate) nos jornais não é verdade.
 
O que vocês pretendem fazer agora?
Eu não vou deixar isso barato. Vou investigar isso a fundo. Eu não acredito nessa Justiça nossa. Tem esse homem que diz ser policial. Vou levar o caso à corregedoria, mas eu posso estar perdendo meu tempo.
 
Você acha que faltou segurança?
Eu não sei como esse lugar ainda funciona. Por que ninguém separou essa briga? Eles falam que foi uma coisa (lata de cerveja), mas quem estava lá dizia que era navalha. Revistaram minha filha, mas essas meninas foram revistadas? Hoje minha filha poderia estar debaixo da terra.

 

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