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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Garotas de programa são presas acusadas de tentar matar sargento da PM em Vila Velha



Thainá Marcele dos Santos Menezes da Silva, 18 anos, e Narjara de Souza, 19, foram localizadas em Aracaju, Sergipe

Duas garotas de programa acusadas de tentar matar a facadas um sargento da reserva da Polícia Militar, 55 anos, no dia 23 de março, no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, foram presas nesta terça-feira (15) em Aracaju, Sergipe.

Segundo o delegado da Polícia Civil de Sergipe, Fernando Melo, Thainá Marcele dos Santos Menezes da Silva, 18 anos, e Narjara de Souza, 19, foram localizadas em Aracaju por meio de um monitoramento feito no celular da vítima, que havia sido roubado pelas duas na ocasião do crime.
 
Foto: Divulgação
Thainá Marcele dos Santos Menezes da Silva, 18 anos, e Narjara de Souza, 19, foram presas em Aracaju


Alé do celular, as jovens roubaram uma pistola calibre ponto 40 e um carregador com 11 munições so sargento. “O celular era utilizado ora por Thainá ora por Narjara. Elas optaram por fugir aqui para a capital sergipana porque a mãe de Thainá mora no bairro Luzia, zona sul da cidade. Depois se mudaram para uma casa em que a avó de Thainá costuma alugar no bairro Bugio, na zona norte”, explicou Melo.

As investigações feitas a partir do Espírito Santo mostram, inclusive, que as jovens estariam trabalhando em Aracaju como representantes de uma empresa de TV por assinatura. No último dia 11 de abril, a Justiça do Espírito Santo expediu um mandado de prisão contra Narjara e Thainá que foi cumprido pela Companhia de Radiopatrulha da Polícia Militar de Sergipe nesta terça-feira.
As jovens serão encaminhadas para o Espírito Santo, onde deverão responder pelo crime de tentativa de homicídio.
 
O crime
 
Foto: Nestor Muller/Arquivo
Crime aconteceu em uma quitinete de Coqueiral de Itaparica
Um sargento da reserva de 55 anos foi esfaqueado no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha. O crime ocorreu por volta das 22 horas. De acordo com investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o sargento contou que estava passando de carro, um Astra branco, pelo bairro Glória, também em Vila Velha, quando deu carona para as duas jovens.

O Astra, de acordo com a Polícia Militar, pertence à corporação e é utilizado como viatura descaracterizada.

Segundo o sargento, enquanto levava as jovens para onde elas iriam - ele não informou o local - uma delas o assaltou e, durante o assalto, acabou esfaqueando-o. Ele ainda afirmou para os policiais que a acusada teria roubado a arma e dois celulares que ele estava carregando e, em seguida, teria fugido com a outra jovem.

Entretanto, após investigações, os policiais informaram que não foi durante um assalto que o sargento foi esfaqueado. Segundo os policiais, ele estava em uma quitinete de um prédio com uma das jovens quando os dois começaram a discutir e ela o esfaqueou, fugindo em seguida. Eles não sabem qual foi o motivo da discussão.

Um segurança, 55, que mora no prédio, ressaltou que estava chegando do trabalho quando se deparou com a jovem saindo do apartamento, ferida. “Ela estava ensaguentada da cabeça aos pés, e disse que tinha se ferido. Estava com a chave do apartamento, mas não tinha a chave do portão. Então abri para ela sair, e ela saiu junto com uma outra jovem que estava do lado de fora esperando-a”, lembrou.

Como ouviu pedidos de socorro vindos do apartamento, o segurança pediu a chave do imóvel para a jovem e, antes de fugir, ela o atendeu. Então ele foi até o apartamento e, ao encontrar o sargento ferido, levou a vítima para o Hospital Santa Mônica, em Vila Velha. O caso será investigado pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha.
 
Carro era da Polícia Militar
 
Além de apresentarem uma nova versão para o ocorrido, os investigadores ainda ressaltaram que o Astra branco em que o sargento estava, que foi utilizado por ele para ir até a quitinete, é uma viatura descaracterizada da Polícia Militar.

Segundo os policiais, apesar de ser da reserva, o sargento trabalha nessa viatura como segurança do advogado Alexandre Martins. Martins é pai do juiz Alexandre Martins Filho, assassinado há 11 anos em Vila Velha. 
 
O segurança que socorreu a vítima também confirmou a informação, revelando que chegou a utilizar o Astra para levar a vítima até o hospital e depois recebeu uma ligação de um outro policial militar pedindo para ele deixar o carro no local porque era uma viatura da PM.

“O Astra estava parado na frente do prédio, então o levei no carro e voltei para casa com o veículo. Mas depois um policial me ligou dizendo que eu tinha que voltar com o Astra para o hospital e deixar o carro lá, porque era uma viatura”, lembrou.

Os policiais acrescentaram que o sargento afirmou que a jovem roubou a arma dele, uma pistola calibre .40, e dois celulares. Já a faca utilizada pela acusada foi encontrada momentos depois pela Polícia Militar dentro de uma bolsa que ela havia deixado dentro do Astra e entregue na 2ª Delegacia Regional de Vila Velha.

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