Carlos Wanzeler é considerado foragido pela Justiça americana. A mulher dele, Kátia Wanzeler, foi presa em Nova York
Considerado
foragido nos Estados Unidos, o capixaba Carlos Wanzeler, dono da
Telexfree, está em Vitória há 10 dias. A informação é do advogado
Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, responsável por defender
acusados no processo do mensalão.
Kakay disse que está convencido
de que foi a Justiça do Acre que levou a empresa à bancarrota no
Brasil. O advogado ainda afirma que Wanzeler retornou ao Brasil antes de
ter a prisão decretada pelos EUA e que o empresário foi ao Canadá a
negócios, e não para fugir dos inquéritos cíveis e criminais dos quais é
alvo naquele país.
“Ele não saiu foragido. Ele tem negócio em
Vitória e é brasileiro nato. Wanzeler já está contratando um advogado
nos Estados Unidos para defendê-lo lá”, explica Kakay, que afirma ter
assumido o caso no Brasil há uma semana.
O advogado estará nesta
quarta-feira (21) em Vitória e vai visitar a Polícia Federal, a Central
de Inquéritos e o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para
conhecer o teor das investigações contra a empresa e os donos.
Registrada em Vitória, a Telexfree, cuja razão social é Ympactus
Comercial, é acusada de ser uma pirâmide de Ponzi pelo Ministério da
Justiça, e está bloqueada desde junho pela Justiça do Acre. A pirâmide
representa uma prática financeira ilegal.
Kakay disse que a
empresa não pode ser pirâmide, pois não deu prejuízo para ninguém.
Questionado se a ação da Justiça do Acre não veio antes de uma possível
quebra da pirâmide, o advogado disse que seria necessário ter uma
apuração antes de congelar as atividades.
“Acredito que houve uma
leitura errada da empresa pelo Ministério Público do Acre, que levou à
paralisação da empresa antes que uma perícia fosse feita para comprovar
se os donos cometeram crime contra a economia popular”, explica.
O
advogado disse que vai questionar também a não aceitação do pedido de
recuperação judicial feito pela empresa na Justiça do Espírito Santo.
“Eu ganhei quase 100% das ações que defendi. Vou mostrar a inocência da
Telexfree”, disse.
Além de alvo de inquéritos cível e criminal no
Brasil, a Telexfree também foi acusada pela Anatel de vender VoIP
clandestino. Kakay disse que ainda não sabe sobre o ação da agência
reguladora, mas explica que a companhia vendeu milhões de minutos de
telefonia no Brasil.
Quanto às acusações da Telexfree nos
Estados Unidos, Kakay disse que vai buscar o Ministério da Justiça para
intervir na prisão, considerada por ele abusiva, de Kátia Wanzeler,
mulher do Carlos Wanzeler.
A esposa do empresário foi presa em
Nova York na semana passada ao tentar voltar para o Brasil.
Investigações do FBI mostram que quantias milionárias foram enviadas da
Telexfree nos EUA para contas da Kátia em diversos bancos.
Empresa diz que 96% do faturamento é de vendas do VoIP
Em
meio a acusações de atuar como uma pirâmide de Ponzi, a Telexfree
afirma ter 96% do seu faturamento baseado na venda de VoIP. A informação
foi passada pelo diretor da empresa no Brasil, Carlos Costa, em vídeo
publicado no Youtube, às 22h30 da última segunda-feira (19).
Os
números, segundo ele, estão presentes numa auditoria feita pela Receita
Federal. De acordo com o documento, a empresa arrecadou R$ 293,24
milhões nos primeiros 12 meses de funcionamento. Desse valor, Costa
explica que R$ 283,39 milhões estão relacionado à venda do VoIP.
Costa afirma que no movimento financeiro estão incluídas as comercializações no varejo e também no atacado.
A
compra do VoIP no atacado, por meio dos planos Family e Adcentral, é o
que permitia uma pessoa se tornar divulgadora da Telexfree. É a partir
do investimento nesses planos que o associado passava a ter direito a
comissões pelo recrutamento de novos associados e pela publicação de
anúncios na internet.
Costa explicou ainda que apenas R$ 9,84
milhões foram conquistados a partir da adesão. A taxa cobrada tanto de
clientes quanto de consumidores era de média R$ 100.
Segundo a
Securites and Exchange Commission (SEC) - CVM dos EUA, menos de 1% da
receita da Telexfree em todo o mundo foi com a comercialização do VoIP
no varejo.
No Brasil, a companhia que tem sede em Vitória e é
registrada sob o nome de Ympactus Comercial, pode ter movimentado quase
R$ 1 bilhão. Parte desse dinheiro, estimada em R$ 600 milhões, está
bloqueada pela Justiça do Acre após a companhia ser denunciada por
formação de pirâmide financeira.
Mutirão
No último domingo (18), reportagem do Fantástico compareceu à
sede da Telexfree, na Enseada do Suá, e descobriu que a empresa continua
funcionando. No vídeo, Carlos Costa explica que a equipe trabalha num
mutirão para a devolução do dinheiro investido pelos associados.
Justiça nega liberdade a presidente
O
presidente americano da Telexfree, James Merrill, vai ficar preso até o
julgamento do processo criminal no qual é alvo na Justiça Federal, dos
Estados Unidos. Em audiência ontem, o juiz decidiu não arbitrar fiança
por considerar que o empresário apresenta riscos de fuga.
Merrill
é acusado de comandar um esquema de Ponzi com abrangência
internacional, segundo denúncias feitas pelo FBI à Corte de
Massachusetts.
O empresário também está sendo processado em duas
ações cíveis, nas esferas estadual e federal, por promover uma pirâmide
financeira bilionária, com foco principalmente em brasileiros.
Segundo
o site Telegram e o jornal Boston Globe, a mulher de Merrill, que se
chama Kristin, chorou muito quando o juiz anunciou que o empresário
ficará preso.
Semana passada, ela testemunhou a favor do marido,
dizendo que ele era um homem religioso, que treinou times de futebol e
que era um bom pai.
Antes de ser retirado do tribunal, algemado,
Merrill virou-se para a esposa e disse, logo após a audiência: “A
verdade vai aparecer”.
Como o dinheiro do empresário está
congelado pela Justiça para indenizar possíveis vítimas da fraude,
Merrill não teve condições de contratar um advogado. Ele está sendo
assistido por um defensor público.
O juiz disse que Merrill se
fosse solto poderia fugir dos Estados Unidos com a ajuda do capixaba
Carlos Wanzeler, outro dono da Telexfree, que está foragido.
Kakay disse que está convencido de que foi a Justiça do Acre que levou a empresa à bancarrota no Brasil. O advogado ainda afirma que Wanzeler retornou ao Brasil antes de ter a prisão decretada pelos EUA e que o empresário foi ao Canadá a negócios, e não para fugir dos inquéritos cíveis e criminais dos quais é alvo naquele país.
“Ele não saiu foragido. Ele tem negócio em Vitória e é brasileiro nato. Wanzeler já está contratando um advogado nos Estados Unidos para defendê-lo lá”, explica Kakay, que afirma ter assumido o caso no Brasil há uma semana.
O advogado estará nesta quarta-feira (21) em Vitória e vai visitar a Polícia Federal, a Central de Inquéritos e o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para conhecer o teor das investigações contra a empresa e os donos.
Kakay disse que a empresa não pode ser pirâmide, pois não deu prejuízo para ninguém. Questionado se a ação da Justiça do Acre não veio antes de uma possível quebra da pirâmide, o advogado disse que seria necessário ter uma apuração antes de congelar as atividades.
“Acredito que houve uma leitura errada da empresa pelo Ministério Público do Acre, que levou à paralisação da empresa antes que uma perícia fosse feita para comprovar se os donos cometeram crime contra a economia popular”, explica.
O advogado disse que vai questionar também a não aceitação do pedido de recuperação judicial feito pela empresa na Justiça do Espírito Santo. “Eu ganhei quase 100% das ações que defendi. Vou mostrar a inocência da Telexfree”, disse.
Além de alvo de inquéritos cível e criminal no Brasil, a Telexfree também foi acusada pela Anatel de vender VoIP clandestino. Kakay disse que ainda não sabe sobre o ação da agência reguladora, mas explica que a companhia vendeu milhões de minutos de telefonia no Brasil.
Quanto às acusações da Telexfree nos Estados Unidos, Kakay disse que vai buscar o Ministério da Justiça para intervir na prisão, considerada por ele abusiva, de Kátia Wanzeler, mulher do Carlos Wanzeler.
A esposa do empresário foi presa em Nova York na semana passada ao tentar voltar para o Brasil. Investigações do FBI mostram que quantias milionárias foram enviadas da Telexfree nos EUA para contas da Kátia em diversos bancos.
Em meio a acusações de atuar como uma pirâmide de Ponzi, a Telexfree afirma ter 96% do seu faturamento baseado na venda de VoIP. A informação foi passada pelo diretor da empresa no Brasil, Carlos Costa, em vídeo publicado no Youtube, às 22h30 da última segunda-feira (19).
Os números, segundo ele, estão presentes numa auditoria feita pela Receita Federal. De acordo com o documento, a empresa arrecadou R$ 293,24 milhões nos primeiros 12 meses de funcionamento. Desse valor, Costa explica que R$ 283,39 milhões estão relacionado à venda do VoIP.
Costa afirma que no movimento financeiro estão incluídas as comercializações no varejo e também no atacado.
A compra do VoIP no atacado, por meio dos planos Family e Adcentral, é o que permitia uma pessoa se tornar divulgadora da Telexfree. É a partir do investimento nesses planos que o associado passava a ter direito a comissões pelo recrutamento de novos associados e pela publicação de anúncios na internet.
Costa explicou ainda que apenas R$ 9,84 milhões foram conquistados a partir da adesão. A taxa cobrada tanto de clientes quanto de consumidores era de média R$ 100.
Segundo a Securites and Exchange Commission (SEC) - CVM dos EUA, menos de 1% da receita da Telexfree em todo o mundo foi com a comercialização do VoIP no varejo.
No Brasil, a companhia que tem sede em Vitória e é registrada sob o nome de Ympactus Comercial, pode ter movimentado quase R$ 1 bilhão. Parte desse dinheiro, estimada em R$ 600 milhões, está bloqueada pela Justiça do Acre após a companhia ser denunciada por formação de pirâmide financeira.
Mutirão
No último domingo (18), reportagem do Fantástico compareceu à sede da Telexfree, na Enseada do Suá, e descobriu que a empresa continua funcionando. No vídeo, Carlos Costa explica que a equipe trabalha num mutirão para a devolução do dinheiro investido pelos associados.
Justiça nega liberdade a presidente
O presidente americano da Telexfree, James Merrill, vai ficar preso até o julgamento do processo criminal no qual é alvo na Justiça Federal, dos Estados Unidos. Em audiência ontem, o juiz decidiu não arbitrar fiança por considerar que o empresário apresenta riscos de fuga.
Merrill é acusado de comandar um esquema de Ponzi com abrangência internacional, segundo denúncias feitas pelo FBI à Corte de Massachusetts.
O empresário também está sendo processado em duas ações cíveis, nas esferas estadual e federal, por promover uma pirâmide financeira bilionária, com foco principalmente em brasileiros.
Segundo o site Telegram e o jornal Boston Globe, a mulher de Merrill, que se chama Kristin, chorou muito quando o juiz anunciou que o empresário ficará preso.
Semana passada, ela testemunhou a favor do marido, dizendo que ele era um homem religioso, que treinou times de futebol e que era um bom pai.
Antes de ser retirado do tribunal, algemado, Merrill virou-se para a esposa e disse, logo após a audiência: “A verdade vai aparecer”.
Como o dinheiro do empresário está congelado pela Justiça para indenizar possíveis vítimas da fraude, Merrill não teve condições de contratar um advogado. Ele está sendo assistido por um defensor público.
O juiz disse que Merrill se fosse solto poderia fugir dos Estados Unidos com a ajuda do capixaba Carlos Wanzeler, outro dono da Telexfree, que está foragido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário