Centro Histórico de Vitória oferece visitas monitoradas à população capixaba
Dentre os monumentos do Centro Histórico estão:
Capela de Santa Luzia
Construída em pedra e cal de ostra e coberta com telhas de barro, a Capela de Santa Luzia foi construída no século XVI. A edificação, que é a mais antiga da capital, fica localizada na Cidade Alta e é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Erguida sobre uma rocha com traços arquitetônicos simples, o monumento pertencia à fazenda de Duarte Lemos, na sesmaria doada pelo primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho.
A Capela abrigou o Museu de Arte Sacra, entre 1950 e 1970, e a Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes, de 1976 a 1994. Desde 1996, sedia o escritório técnico e o espaço cultural da 6ª Sub-Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Convento de Nossa Senhora do Monte do Carmo
O Convento foi fundado em 1682 por padres carmelitas. O conjunto era formado pelo convento propriamente dito, pela Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo e pela Capela da Ordem Terceira. Todos possuíam estilo colonial, com linhas barrocas.
Dois séculos depois, o Convento do Carmo se encontrava em decadência. Devido à proibição dos noviciados religiosos de formação de padres, o Convento ficou completamente abandonado, em 1872. O edifício foi, então, assumido pelo governo, sendo utilizado em várias funções, inclusive a de quartel militar.
Somente após a criação, em 1895, do Bispado do Espírito Santo, o governo devolveu o Convento para a administração da Igreja Católica. O primeiro bispo do Estado, Dom João Batista Correa Nery, ocupou o prédio com o Ateneu Diocesano, colégio que foi posteriormente transferido para o Convento da Penha, e com o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, que perdurou até a década de 1970.
Durante a década de 1910, o convento passou por ampla reforma, ganhando mais um andar, enquanto a igreja conventual recebeu uma roupagem eclética com influências neogóticas. A capela da Ordem Terceira, que ficava ao lado da igreja, foi destruída.
Theatro Carlos Gomes
O Theatro Carlos Gomes foi edificado em uma época em que a cidade de Vitória passava por importantes transformações urbanas, que visavam à transformação da cidade em uma capital "moderna". Ele foi edificado no Governo de Florentino Avidos (1924-1928).
Em 1924, o único teatro da cidade, o Melpômene, foi parcialmente destruído por um incêndio e o governo aproveitou a oportunidade para demoli-lo com a intenção de alargar a Praça Costa Pereira e abrir a Rua Sete de Setembro. Por utilizar a área do teatro para ampliação da praça, a administração estadual assumiu o compromisso com o município de que seria erguido um novo teatro.
Então, o Theatro Carlos Gomes foi edificado por iniciativa do arquiteto autodidata e construtor André Carloni. No prédio, aproveitaram-se as colunas de ferro fundido do antigo Melpômene, na sustentação dos balcões e galerias. A obra foi concluída em janeiro de 1927 e tem um estilo arquitetônico eclético.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
A construção da Igreja foi iniciada em 1765. A estrutura principal foi concluída em dois anos, com a mão de obra escrava negra. O terreno foi doado à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos pelo capitão Felipe Gonçalves dos Santos.
As festas dedicadas a Nossa Senhora do Rosário despertavam interesse na capitania, mas para os negros da irmandade a devoção mariana não era única. Eles prestavam cultos também a São Benedito, com quem se identificavam.
Tombada como patrimônio histórico, a Igreja mantém as características originais da fachada colonial e o frontão barroco, além do cemitério e dos ossários em seus corredores.
Um pequeno museu resgata essa história, apresentando imagens e peças utilizadas pela Irmandade de São Benedito, inclusive antigas vestes e um andor que pesa cerca de 400 quilos, usados pelos fiéis durante as famosas procissões.
Convento São Francisco
Começou a ser construído no final do século XVI pelos padres franciscanos frei Antônio dos Mártires e Antônio das Chagas, a pedido do segundo donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho Filho. Além da igreja dedicada a São Francisco, a edificação abrangia as dependências necessárias ao monastério e a Capela da Ordem Terceira da Penitência.
O Convento abrigou diversas irmandades, dentre elas a Irmandade de São Benedito, que se reunia na Capela da Venerável Ordem Terceira e movimentava a cidade com suas festas e procissões. Com o tempo, o Convento ficou ocioso e as autoridades civis passaram a requisitá-lo para diversas finalidades, funcionando como escola e enfermaria para atender às vitimas das constantes epidemias que atacavam a cidade na metade do século XIX.
A partir daí, abrigou diversos usos, como Orfanato Cristo Rei (1926 a 1960); Residência Episcopal (1960 a 1985); Rádio Capixaba (1963 a 1973); Colégio Agostiniano (1970 a 1976) e Residência das Irmãs Carmelitas (1981 a 1985). Atualmente abriga a Cúria Metropolitana e diversas entidades ligadas à Igreja Católica.
Tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1984, demarca o espaço do que foi o primeiro Convento Franciscano construído na Região Sul do Brasil Colônia.
Igreja de São Gonçalo
No local onde hoje se encontra a Igreja de São Gonçalo, já havia em 1707, uma capela que foi construída pela Irmandade de Nossa Senhora do Amparo e da Boa Morte, uma irmandade de homens pardos. Após oito anos, as irmandades solicitaram permissão para construírem, no local da capela, uma igreja dedicada a São Gonçalo Garcia. Em 2 de novembro 1766, com a presença do Visitador Diocesano, padre Antônio Pereira Carneiro, e do vigário da vila de Vitória, Antônio Xavier, a igreja foi consagrada ao santo português.
Na segunda metade do século XIX a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção recebeu o título de Confraria. Ela foi elevada a essa categoria em virtude de provisões do Bispo Diocesano, Conde de Irajá. Posteriormente, a Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção tornou-se uma Arquiconfraria, sendo a única a receber esse título em Vitória.
Em 06 de novembro de 1948, a Igreja de São Gonçalo Garcia foi tombada como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
A Catedral Metropolitana de Vitória
A Catedral começou a ser construída em 1920 e foi concluída em 1970. O projeto inicial era de Paulo Motta e foi se modificando com o passar dos anos, tendo recebido colaboração de vários artistas e arquitetos.
Com a criação da Diocese do Espírito Santo (1895) e a nomeação do primeiro bispo, Dom João Batista Correia Nery, a igreja recebeu o título de Catedral. Posteriormente, deteriorada e considerada pequena demais para comportar o crescente número de fiéis, foi demolida com o intuito de ser substituída por uma igreja maior, de acordo com o desejo de modernizar a capital do estado.
Símbolo da cidade de Vitória, a Catedral foi tombada pelo Conselho Estadual de Cultura, em maio de 1984. Destaca-se no ambiente por sua imponência e por possuir arquitetura eclética com característica neogótica. Tem como destaque os vitrais de suas paredes.
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