Boletim médico divulgado pelo hospital comunicava a suspeita de morte.
Irmão de Marcelo Costalonga disse que confirmação veio às 13 horas.
Marcelo Costalonga teve morte cerebral, segundo
irmão
O portuário Marcelo Costalonga, de 44 anos, agredido com uma ferramenta durante uma briga de trânsito, no dia 30 de janeiro,
teve a morte cerebral confirmada pelo irmão, Márcio Costalonga, nesta
segunda-feira (10). Ele informou que a notícia foi dada à família pelo
Hospital Metropolitano por volta das 13 horas, após o resultado de
exames. Segundo ele, familiares ainda vão conversar e decidir sobre a
doação de órgãos do portuário.irmão
Marcelo se envolveu em uma briga de trânsito, em Nova Carapina, na Serra. Ele foi agredido por um empresário de 39 anos com golpes de ferramenta, na cabeça. O agressor foi preso. O portuário deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Metropolitano também no dia 30 de janeiro, com traumatismo craniano e permaneceu internado em coma induzido. Na manhã desta segunda-feira (10), um boletim divulgado pelo hospital informou que Marcelo passaria por uma série de exames para investigar a suspeita de morte cerebral. A previsão era que os resultados ficassem prontos nesta terça-feira (11) à tarde.
Por telefone, Márcio contou ao G1 que a família pretende doar os órgãos de Marcelo, mas que vai se reunir para tomar uma decisão conjunta. "A gente ainda está aguardando informações do hospital. Já entramos em contato com o pessoal da captação de órgãos e vamos esperar para decidirmos juntos sobre o que fazer", disse.
Confusão
De acordo com a polícia, o desentendimento teve início quando o empresário parou na saída do trevo de Barcelona, e o portuário passou pelo veículo e buzinou. A esposa da vítima, que preferiu não se identificar, afirmou que o veículo do agressor estava no meio da pista, o que dificultou a passagem do carro do marido. "Meu marido buzinou, desviou e foi embora. Ele não gostou que meu marido buzinou e foi atrás. Depois que ele ultrapassou a gente pela esquerda, deu para ver que o carro dele estava com um reboque bem comprido. Ele começou a jogar o reboque para cima do nosso carro diversas vezes. Ele fechava a gente e o reboque batia na lateral do carro. Eu entrei em pânico na hora", contou, na época.
Depois do desentendimento, ocorreu uma perseguição entre os motoristas até a entrada do bairro Nova Carapina II. Os dois saíram dos carros e discutiram. "A discussão não durou nem um segundo, porque tinha uma moto em manutenção bem no local e ele rapidamente pegou a chave de roda no chão e foi para cima do meu marido. As pessoas na rua ficaram perplexas. Ninguém tinha reação. Eu pedia pelo amor de Deus para ajudarem. Meu marido tropeçou e caiu, já estava bastante ensanguentado. Ele continuou batendo e eu pensei que ele fosse matá-lo. Uns homens ajudaram, colocaram o meu marido para dentro do quintal de uma casa, fecharam o portão e o outro segurou o cara", disse a esposa da vítima.
"Eu achei uma coisa muito pequena para uma reação tão violenta. Meu marido estava indefeso. Quando eu vi meu marido ensanguentado, eu dizia que o outro foi um covarde. Ele virou para mim e perguntou se eu não sabia o que era o trânsito. Então, para mim, ele agrediu consciente do que estava fazendo. A gente tem que ter coração. Esse estresse é lamentável. Eu fico muito triste com a reação das pessoas", desabafou.
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